A origem JF de Guaritá Seara Dourada

Em 1945, o avô do Sr. Eduardo Garcia de Figueiredo, do Haras Seara Dourada, foi presenteado com o cavalo Valete S. M que deu origem ao criatório de Mangalarga Marchador na Fazenda Nova, em Mococa, São Paulo. Com o falecimento do seu avô, o pai do Eduardo "Rontila", Alberto Garcia, ganhou quatro matrizes que foram responsáveis pelo começo da história do criatório Seara Dourada. Naquela época, o cavalo base para a constituição da tropa do Haras foi um extraordinário animal de sangue JF, o Daiquiri JF, filho de Folião AJ e Vodka JF, muito fechada no Favacho, filha de Quebranto Lobos X Quizila (Kalifa e Zaga), Zaga que é filha do Candidato. Sr. Eduardo conta: "sempre usamos os garanhões JF do criatório do Senhor Geraldo Junqueira de Andrade".

Este criador era um grande conhecedor dos animais bons de sela, habilidade desenvolvida a partir da caça aos veados, prática comum entre os antigos fazendeiros do berço da raça, tendo, naquele tempo, o Sr. Geraldo orientado muitos amigos na criação de suas tropas. O filho de Geraldo, Gabriel Francisco Junqueira, conta quando Dr. Alberto adquiriu o cavalo Daiquiri: "Alberto vinha muito aqui na fazenda... Ele veio aqui, se encantou pelo Daiquiri, meu pai negociou com ele e assim, ele fez essa base fantástica da tropa do Seara Dourada, inclusive gerando a Avelã que é mãe do Guaritá Seara Dourada". Ele destaca também que Daiquiri tem três quartos da linha de sangue do Favacho: "ele tem todas as características de um cavalo muito funcional", diz o criador.

Avelã Seara Dourada, égua marchadeira, de índole dócil, coberta pelo também raçador Beijo JB, deu origem ao campeão nacional Guaritá Seara Dourada. Hoje, garanhão de ponta do Mangalarga Marchador e do Haras Legião da Marcha, em Volta Redonda, este incrível marchador já fez muita história, conquistando vários títulos importantes dentro da raça e produzindo diversos campeões nacionais. Sr. Eduardo Figueiredo do Haras Seara Dourada, diz que o garanhão é pura genética JF, e se parece com seu avô Daiquiri JF, que era um cavalo ágil, pra frente, de comodidade muito boa. Sobre o cavalo, o seu antigo dono conta: "eu fico contente de saber que Guaritá está esparramando filhos pra todo lado e está fazendo muito sucesso".

Guaritá Seara Dourada.

O criatório Seara Dourada manteve uma boa produção entre os animais da antiga Fazenda Nova com a genética JF. Utilizou-se também da genética 53, com a aquisição do potro Pintor J.N 53, mas que não deu muito certo com a tropa do Haras. Em um momento de nova construção da tropa Seara Dourada, Eduardo Rontila diz que tem utilizado o Scarto da Selva Morena, que leva em sua linha alta e baixa o sangue JF. Seu pai é Pote Juja e sua mãe Navalha do Crocotó, que é filha do Gesso do Capitão (JF). Hoje, são 6 éguas cobrindo com Scarto da Selva Morena no Seara Dourada, para voltar a refrescar o sangue JF do criatório que passou recentemente por um período de baixa na sua produção.

JF, Lobos e Favacho

Sobre as linhagens JF, Lobos e Favacho, a genética é a mesma e só muda o sufixo. Três cavalos irmãos próprios foram utilizados para a base da constituição dos plantéis dos irmãos: José Bento Junqueira de Andrade, Geraldo Junqueira de Andrade e Rubens Junqueira de Andrade. Na época, Jango ficou nos Lobos com Bentinho, Gesso foi para o Estado de São Paulo com Geraldo e Candidato JF ficou no Favacho com Rubens. Todos os plantéis deram seqüência ao criatório da Fazenda Favacho do patriarca Gabriel Fortes Junqueira. Continuou-se a seleção dos animais que priorizou fixar as características de um cavalo construído na ginástica funcional das caçadas, além de ser potente e, sobretudo, essencialmente cômodo.

Gesso.

Candidato.

Jango.

Registro de Vodka J.F